O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) rejeitou qualquer chance à celebração de um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com Bruno Henrique, acusado por fraude esportiva e estelionato. De acordo com o órgão, a decisão de não oferecer acordo judicial se baseou em fatores legais e simbólicos, a fim de priorizar uma firme resposta institucional diante do caso. 15472a
A rejeição à proposta de acordo ocorreu, segundo o ‘Metrópoles’, por dois principais motivos. Primeiramente, o atacante já havia firmado um ANPP há cinco anos, em 2020. O camisa 27 pagou R$ 100 mil para evitar a abertura de processo criminal após apresentar uma carteira de habilitação falsa em uma blitz da Lei Seca, no Rio. Segundo, os crimes agora imputados preveem penas que superam os quatro anos de prisão, o que, por si só, já inviabilizaria nova ação.
Além do aspecto legal, o MP também sustentou que aceitar um pacto com o jogador poderia representar um perigoso precedente. Os promotores argumentaram que, ao tratar de forma branda um atleta de renome nacional, o Judiciário estaria contribuindo para a banalização de fraudes esportivas em um cenário de crescente consumo de apostas online.
O documento do MP indica que o jogador, por destacar-se no clube mais popular do país, exerce influência sobre torcedores de todas idades. Por esse motivo, promotores avaliaram que oferecer tratamento flexível a alguém neste contexto poderia “legitimar uma cultura de ‘vale tudo'”. Resultando na desconfiança social no combate ao crime.
Aliás, o órgão ainda destacou a contradição do atleta em, segundo a denúncia, beneficiar apostas fraudulentas ao mesmo tempo em que atuava como garoto-propaganda de uma casa de apostas. A acusação ressaltou que o atacante “premeditou” a ação ao combinar com seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, que tomaria um cartão amarelo no duelo contra o Santos, em 2023.
A denúncia indica que Bruno Henrique avisou antecipadamente ao irmão sobre a punição. A partir dessa informação, Wander teria reado o plano a familiares e amigos, que realizaram apostas específicas. As plataformas de apostas Betano, GaleraBet e KTO detectaram entre 95% e 98% de registros focados exclusivamente no cartão amarelo para o jogador.
O MP ainda observou um número elevado de contas recém-criadas — reforçando a suspeita de manipulação. Dentre os envolvidos, apenas Douglas Ribeiro Pina Barcelos aceitou firmar acordo com o MP. Em contrapartida, confessou os fatos e colaborou com as investigações.
Como parte da denúncia, o MPDFT requisitou que o rubro-negro pague R$ 2 milhões a título de reparação por danos morais coletivos. A medida visa ressarcir a sociedade pelos prejuízos simbólicos provocados pela prática da fraude e desestimular novos casos semelhantes.
Enquanto isso, o atacante seguiu com a delegação rubro-negra para os Estados Unidos, onde o Flamengo disputa o Mundial de Clubes. O clube optou por focar-se na competição e preferiu não se manifestar publicamente sobre o caso até o momento.
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