
Não me surpreende o fato de Rodrigo Caetano estipular como prazo até a semana que vem para a definição do novo técnico da Seleção Brasileira. É isso mesmo. A decisão não foi do presidente Ednaldo Rodrigues, e sim do diretor de seleções da CBF.
Conversei pessoalmente por duas vezes com o dirigente durante viagem à Europa para a cobertura dos dois amistosos contra Inglaterra, em Londres, e Espanha, em Madri. Isso ocorreu no fim de março de 2024. Na ocasião, ele estava em seu segundo mês de trabalho no começo da Era Dorival. Pude entrevistá-lo para o Jogada10, e seu discurso ávido por fazer a máquina funcionar me chamou grande atenção.
O treinador, como todos sabem, já faz parte do ado na Canarinho. Mas Rodrigo Caetano ficou. E, participativo, vai além da fala enfática por evolução. Assim, a tendência é a de que ele faça a pré-convocação (a “lista larga”) para o próximo jogo do Brasil, daqui a 30 dias.
Com o apoio de Juan, gerente técnico da Seleção, Caetano faz trabalho de observação acompanhando jogos in loco no País para concluir a pré-lista que deverá chegar à Fifa até 18 de maio – os nomes finais precisam estar definidos no dia 26.
Penso, inclusive, que ele deve se aproximar de uma lista extensa como a última de Dorival, quando foram 52 pré-convocados. A saber, 18 atuantes no futebol brasileiro.
Explico que não há obrigatoriedade de a lista larga da CBF ser assinada pelo comandante que fica à beira do gramado. Desse modo, a mesma pode ser subscrita pelo próprio presidente Ednaldo.
Enquanto isso, o técnico Carlo Ancelotti segue como plano A. Aliás, o último compromisso do italiano com o Real Madrid será em 24 de maio, na rodada de encerramento de LaLiga.
Um dos responsáveis diretos (senão o maior) pela contratação de um novo treinador, Rodrigo Caetano corrobora com a opinião de Ednaldo no tocante ao nome em pauta. Mas sem se esquivar de fazer suas pontuações. Entre elas, a definição o mais rapidamente possível do substituto de Dorival é premissa básica para o fluir sadio do trabalho.
Conforme o próprio diretor de seleções da CBF afirmou nesta segunda-feira (5), durante participação no programa “Redação”, do Sportv, trata-se de um “tema nacional, de extrema responsabilidade” e “num prazo máximo, ainda na semana que vem ter essa definição”.
A Seleção Brasileira enfrenta o Equador, em 5 de junho, na cidade de Guayaquil, e cinco dias depois, o Paraguai, na Neo Química Arena, pelas Eliminatórias para a Copa de 2026.
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